CUT-RS E CUT NACIONAL UNEM FORÇAS PARA DEFENDER A PREVIDÊNCIA SOCIAL

Evento em SP lançou projeto para capacitar dirigentes sindicais no tema

Evento em SP lançou projeto para capacitar dirigentes sindicais no tema



A CUT-RS se posicionou firmemente, mais uma vez, contra a reforma da Previdência, destacando as desigualdades e injustiças geradas pela medida.

Durante a apresentação do projeto estratégico “Em Defesa da Previdência: estratégias para a CUT Nacional”, que visa formar dirigentes sindicais capacitados para debater a previdência com profundidade e preparar os sindicatos para enfrentar novos ataques aos direitos trabalhistas.

O evento, realizado na sede da CUT Nacional em São Paulo, contou com a participação de dirigentes sindicais e do ex-ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini.

“Foram muitas maldades que a reforma da Previdência produziu”, afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, ressaltando que o financiamento do sistema foi concebido de forma a precarizar a terceirização, esvaziando o sistema de contribuição solidária vigente no Brasil.

Críticas à reforma da previdência

Amarildo destacou que a reforma da previdência produziu inúmeras injustiças e desigualdades, beneficiando rentistas e setores da economia que não necessitam do apoio do Estado. E enfatizou a necessidade da revisão das desonerações e isenções fiscais, alertando que “as gerações atuais e futuras não terão sustentação quando vierem a se aposentar”.

Ele explicou ainda que a previdência brasileira funciona como um sistema solidário, onde as gerações que entram no mercado de trabalho sustentam as que se aposentam. No entanto, Cenci alertou para o desequilíbrio atual do sistema.

“Esse desequilíbrio acontece porque foram feitas inúmeras legislações que terceirizaram e precarizaram o trabalho, diminuindo a contribuição, enquanto uma série de desonerações e isenções fiscais ultrapassam 600 bilhões de reais”, explicou.

Ações propostas pela CUT

A CUT defende um sistema previdenciário que inclua trabalhadores informais e promove debates para conscientizar e organizar a luta por uma previdência pública, sustentável e solidária. O secretário da pasta de Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas, Ari Aloraldo do Nascimento, ressaltou a importância de aprofundar o debate sobre os direitos previdenciários e comprometer as entidades sindicais com a implementação do projeto.

 

Ricardo Berzoini enfatizou a necessidade de mobilização e formação de dirigentes sindicais capacitados, destacando que novos ataques aos direitos dos trabalhadores são iminentes. Ele também apontou que a queda na arrecadação previdenciária, exacerbada pelo envelhecimento da população e pela pejotização, exige um debate urgente sobre o financiamento do sistema.

Importância da mobilização

A vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira, e o secretário-Geral da CUT Nacional, Renato Zulato, reforçaram a necessidade da atuação forte dos sindicatos no tema da previdência. Juvandia destacou que a previdência é uma das políticas mais inclusivas e distributivas, sendo alvo constante do mercado financeiro e dos super ricos.

O debate sobre a previdência envolve diretamente metade da população brasileira. Berzoini alertou que a privatização e terceirização do trabalho foram desastrosas para a previdência social e que é crucial discutir um calendário de debates mobilizadores para definir a linha de defesa da CUT.

Fonte: CUT-RS com informações da CUT Brasil
Foto: CUT Brasil